domingo, 20 de março de 2011

NO DESERTO NASCEM FLORES

Algumas vezes, por causa daquilo que me rodeia ou por circunstâncias, vejo-me impelida (empurrada, arremeçada) para o deserto. É um lugar conhecido, mas não familiar. O deserto é caracterizado por ausência...de pessoas, cores, cheiros e sabores. Os tempos no deserto são sufocantes durante o dia e muito frios a noite. Ninguém te visita no deserto, nem te leva nada. A solidão é a companheira constante e de forma lenta a angústia vai se instalando e muitas vezes o desespero chega e com ele o choro. Não o choro fácil do cotidiano ou da alegria, mas o choro guardado, que para se expressar caminha por espaços ressequidos e difíceis.
Foi assim com Agar (serva de Sara, concubina de Abrãao, mãe de ismael) que ao ser mandada embora, de modo arbitrário, foi até o deserto, ela e seu filho, e alí esperaram a morte.
Lendo a história de Agar (livro de Genesis cap 16 e 21) encontrei sossego para minha alma que por vezes caminha no deserto, porque esse estado é peculiar e necessário para que ao longo da vida o nosso caráter seja aprovado.
Agar me ensina que no deserto DEUS VÊ! Aquilo ou quem te trouxe até alí, Deus conhece e sabe. No deserto DEUS OUVE! Assim como ouviu o choro de Ismael (filho) e de Agar (mãe) ele ouve também quando choro ou chamo por seu nome. DEUS ABRE OS OLHOS! Abriu os de Agar e abrirá os meus para que possa enxergar toda a boa dádiva que Ele tem para cada um. DEUS ABENÇOA! A história conta que Deus estava com o menino e assim ele cresceu....de igual maneira Deus está com aquele que o ama.
Então, já não me assusta o deserto. Ele continua frio e desconfortável, mas agora o enfrento com expectativas porque sei que alí o Senhor marcou um encontro comigo, para me resgatar daquilo que me aflige. Hoje sei que no deserto ou entre as pedras também florescem lindas espécies de flores. Espero com paciência no Senhor!

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